domingo, 3 de janeiro de 2016

Como se fosse a primeira vez

Boa noite bloguers!
Pra ler esse post, necessariamente você precisa saber da existência do filme “Como se fosse a primeira vez”. Caso ainda não o tenha assistido, deixo aqui pelo ao menos o trailer.
Seguindo, agora você já sabe que a mocinha (Lucy) perdeu a memória em um acidente de carro e seu namorado, todos os dias, tem a árdua e cansativa missão de conquista-la todos os dias. No entanto, ele continua, porque embora ela se esqueça de quem ele é, ele não esquece de quem ela é.
Essa é a segunda vez que estou escrevendo um post onde relaciono minha vida com um filme (o primeiro foi “O exorcismo de Emily Rose” – não ria).
Eu perdi a memória? Não!
Mas eu tenho TB (transtorno bipolar), e isso faz com que as pessoas que convivem comigo tenham que viver num constante exercício de paciência. Este post, é para falar do quanto sou grata à uma pessoa especifica; meu noivo. O nome dele é Lawrence (mais conhecido como Momozinho), tem 25 anos (5 a menos que eu) e é um grande homem; corajoso, adulto, responsável e cuidadoso. Aguenta a barra que é conviver comigo, mulher de 30 anos com TB, que para quem não conhece, é uma doença mental que basicamente, gera mudanças bruscas de humor, atingindo seus extremos, variando entre a depressão ou euforia num piscar de olhos.
No meu caso, estar depressiva é o que pega na maioria das vezes. É cansativo e doloroso, só que para meu noivo, é como se fosse a primeira vez adaptar-se a essa minha oscilação de humor. Ele aguenta porque existe amor entre nós e porque em momento algum ele se esquece de quem eu sou. Ele aguenta, porque principalmente, sabe que isso foge do meu domínio.
Ontem a noite eu tive inicio de uma crise. Eu chorava, tinha dor na alma, e foi a segunda noite que dormi na sala. Pacientemente, meu amor colocou meu colchão na sala, pois recusei-me a ir pro quarto. Fez com que eu comece ao menos uma bolacha (que foi o que eu aceitei), me fez tomar o medicamento e dormir.
Hoje, ele acordou com uma força e uma energia tão cintilantes, tão doces, que pronto, bastou algumas poucas horas comigo para que conseguisse virar o meu humor! Fácil isso não é, mas ele conseguiu… e não é a primeira vez que essa situação acontece. Eu só tenho a agradecer por esse amor na minha vida, que é o amor da minha vida. Eu sei que muitas vezes eu o magoou, mas ele sabe que isso não é uma opção e que muitas vezes, nem consciente é.
Estou num grupo no Facebook com mais de mil pessoas que sofrem de TB ou que são Borderline (pesquisem, é triste também). Vejo diariamente, seus relatos de como é difícil o convívio em sociedade e de manter os relacionamentos, principalmente os amorosos. Fico triste demais em saber que casamentos acabam e amigos se distanciam. Eu, por sorte ou outro motivo, tenho ao meu lado pessoas fortes e compreensivas o suficiente para aguentar essa barra que é gostar de mim ;)
barra-abre
Não resisti rssss
Até as próximas!

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